14.7.05

Pelas vísceras de He-Man

Escrito por Ana Mora às 13:07


Porque assim, na minha opinião, o Karl Lagerfeld é um gênio.
Antes de eu entrar para o curso de moda, vou ser sincera, conhecia poucas marcas, poucas coisas. Hoje, ainda conheço muito pouco, rsrs, mas ao menos, já sei do que gosto e do que não gosto. Já sei que Gucci é uma marca que traz produtos lindos e que, a Chanel, traz roupas maravilhosas. Sempre.

As da coleção de outono/inverno 2005-2006, desfiladas agora em Paris, são um belo exemplo disso. Cores escuras, preto, cor-de-rosa, bordô e marrom, alguns tartans, preciosidade em acessórios alternativos, franjas e barras desfiadas. Roupas que as riquíssimas provavelmente nunca usariam assim, na lata. Mas a sorte é que também existem pessoas como eu, e que acham que a obra de arte não é essa roupa - pois essa roupa sim nós usaríamos - , é o que o estilista usou para chegar até aí.

O desfile aconteceu em duas etapas. Primeiramente, um exército de modelos apresentou-se em fila indiana, todas vestindo casacos pretos, longos ou curtos, bordados com plumas ou lantejoulas, justos ou largos. Quando todas estavam instaladas na passarela, em forma de caracol, os casacos abriram-se para mostrar vestidos e tailleurs, e teve início o desfile propriamente dito.

"Hidden Luxury", proclamou Karl Lagerfeld ao fim da apresentação, à qual assistiu a atriz Gwyneth Paltrow, para quem o estilista é "um verdadeiro gênio".
O luxo se revela no forro dos casacos, em harmonia com os vestidos. A coleção é uma amostra da arte da maison Chanel: mosaicos descompostos, laços brancos bordados com efeitos visuais, plumas e lamês, até chegar ao vestido de noiva.

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